O uso ilícito de drogas nos últimos anos tem aumentado num ritmo alarmante e tem ultrapassado todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, entre os que figuram a falta de informação fidedigna sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo de drogas; ao caráter limitado das atividades preventivas (quase que inexistentes em nosso país), e a falta de consciência sobre a magnitude do problema dos estupefacientes. Os problemas do uso indevido de drogas têm sido descritos como um excesso de consciência nos jovens e uma falta de consciência entre os adultos.
A prevenção do uso indevido de drogas – mediante a sensibilização, a educação e a ação – é fundamental para lograr deter o uso indevido de drogas e a criminalidade associada à mesma. Para aquelas pessoas que se iniciaram no uso indevido de drogas, a educação brinda um caminho para uma intervenção e um tratamento com êxito, para sensibilizá-las sobre os riscos e perigos do uso indevido e continuado de drogas, e lhes ajuda a deixar seu uso.
Nos Estados Unidos da América, George Gallup, fez uma pesquisa e pediu aos adolescentes que mencionasse qual era a principal ameaça para sua geração. A resposta foi a seguinte:
1) O abuso de drogas - 35% ;
2) O desemprego -16%;
3) O abuso do álcool;
4) A pressão dos amigos.
Agora perguntamos: Por que um perigo de tamanha magnitude comumente é ignorado? As respostas não são fáceis.
Primeiro, a maioria dos milhares de famílias que terão problemas por primeira vez este ano, experimentarão a tragédia em silencio, crendo que é o resultado de suas falhas pessoais e uma experiência vergonhosa e exclusiva.
Segundo muitas das principais opiniões médicas e políticas de nosso país, especialmente a comunidade intelectual, têm escrito sobre o problema das drogas como um assunto social curioso que deve ser relegado ao setor direitista de nossa sociedade.
Terceiro, o uso de drogas é tão comum que é difícil assimilar a devastação que está causando, visto que temos a tendência de perder o medo a qualquer coisa que vemos diariamente. Nos acostumamos.
Quarto, os problemas causados pela droga, tais como acidentes automobilísticos ou mortes por sobredose, em muitos casos, ocorrem depois de muito tempo de usar drogas. Além disso, desde a perspectiva do usuário, estes problemas são incertos e imprevisíveis.
Se todos os usuários de cocaína tivessem uma sobredose fatal com pouco tempo de uso da droga, a cocaína desapareceria. Se qualquer bebedor (alcoólatra) sofresse uma cirrose do fígado em poucas semanas de haver começado a beber, se terminaria com o uso das bebidas alcoólicas. Porém, para o usuário de cocaína ou outra droga, uma morte por sobredose é imprevisível, retardada e não tão comum. A mesma coisa com respeito à cirrose. É um problema que pode acontecer com o outro, não conosco.
Quinto: Por último, existem muitos dependentes de drogas que parecem "seguir em frente". Usam drogas, desde heroína ao álcool, aparentemente sem efeitos negativos. Quer seja que estes indivíduos representem a maioria ou uma pequena minoria de todos os usuários, este grupo, aparentemente invulnerável, exerce uma poderosa atração para os potenciais usuários; sustentam a esperança de uma "viagem segura".
As drogas que nos interessam, nesse tema que nos reúne, "são quaisquer substancias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas que, ao ser usado pelo indivíduo, alteram seu estado de consciência". O resultado direto da droga se apresenta no cérebro do usuário, produz uma intoxicação, um estado mental alterado e, supostamente, "agradável".
O QUE É UM ADITO OU DEPENDENTE?
Hoje há diferentes classificações para designar a um "adito". O que é um adito? O que significa adição? Se uma pessoa orienta sua vida ao redor de determinada droga, se sente que não pode viver sem ela, e se sofre sintomas físicos quando a droga lhe é retirada, poderia ser classificado como um adito. (...)
Podemos dizer que, a adição é uma compulsão irresistível de usar uma droga cada vez com mais freqüência e em quantidades maiores, mesmo conhecendo os sérios efeitos físicos ou psicológicos e o dano extremo que resulta nas relações pessoais e no sistema de valores da pessoa. O que diferencia a vítima, é o tipo de droga e o ambiente onde se usa.
Diferentes organismos internacionais afirmam que se queremos diminuir progressivamente o número de afetados, tem-se que pensar em articular estratégias de intervenção mista: 1) as destinadas à limitação da disponibilidade das drogas e 2) as destinadas a reduzir a demanda das mesmas.
Uma das melhores maneiras de prevenir o uso de drogas é assegurando-se de que a população esteja bem informada sobre o assunto. Até agora tem sido muitos os modelos de prevenção que têm colocado muito ênfase na informação e a mudança de atitudes, partindo de uma relação simplista e ingênua. Tal relação supõe que o incremento da informação sobre as substancias e seus efeitos negativos, conduzirá ao fortalecimento das atitudes e, portando, das condutas positivas. Mas como se sabe, a informação por si só não conduz à mudança de conduta. Às vezes não é suficiente.
Pensar que a conduta responde à racionalidade e que a pessoa simplesmente ao conhecer os riscos e seus custos mudará de atitude, é como omitir outros aspectos chaves que influenciam sobre o comportamento, tais como: nível emocional, história de aprendizagem, expectativa pessoais e sociais, etc.
Lamentavelmente, as campanhas costumam ser ações isoladas e fora do contexto, dirigidas a uma população heterogênea e realizadas à margem dos grupos organizados da comunidade, com um planejamento e direção centralizada, com uma grande mobilização de meios publicitários, propagandisticos e orçamentários.
Este tipo de ações costuma ter uma eficácia limitada já que seu impacto é de escassa duração. Os cidadãos não estabelecem relações causa-efeito e as mensagens correm o risco – por estar fora do contexto – de não ser efetivas. Se, além disso, as campanhas se limitam a dar informação simplistas do tipo negativo como: "Não à droga " ou " A droga mata ", fica uma lacuna entre o informado e o que o público necessita saber sobre o tema.
Os programas tradicionais de prevenção estavam centralizados, exclusivamente, na Educação.Sanitária, cujo objetivo era e é transmitir informação a fim de produzir mudanças nas atitudes e comportamentos das pessoas. Nestes programas a educação se centralizou na informação sobre os riscos que as drogas apresentam, com o qual não cumpriam adequadamente sua função preventiva.
Atualmente, nossa maior preocupação é de como conseguir que as pessoas – os grupos e as comunidades – adotem comportamentos saudáveis, principalmente no que se refere ao hábito de consumir drogas, em virtude dos problemas sociais que está causando. A tarefa não é fácil, já que implica na coordenação dos recursos teóricos e empíricos de diferentes disciplinas e profissionais e, sobre tudo, a adoção de mudanças políticas e sociais.
Se aceitarmos que a opção de consumir drogas não é uma opção exclusivamente individual, mas que o ambiente onde vivemos fomenta tais opções, a Educação para a Saúde não deveria ser apenas a de "fazer palestras", como geralmente vem sendo feito em nosso país. Estas são importantes e servirão como antecedentes a fim de sensibilizá-los para uma mudança de atitude.
Também deveria aplicar-se determinadas técnicas pedagógicas ou psicológicas orientadas ao individuo ou ao grupo. A Educação para a Saúde teria que ser uma tarefa de reestruturação ambiental e pessoal, o que permitiria que fosse mais fácil fazer opções saudáveis.
A chave para controlar o tráfico e o abuso de drogas, é reduzir a demanda, portanto a prevenção e a educação devem ser os pilares principais neste trabalho.
A "placenta familiar" é o meio vincular onde o filho se humaniza e cresce satisfazendo suas necessidades possuindo um continente físico efetivo que se converte no metabolisador emocional de suas angustias e emoções.
Desta primeira "rede humana" aprende o amor, o ódio, a agressão, a ternura, como se defender, com quem identificar-se e como se sobrepor às frustrações, etc.
Definimos a família como a pessoa ou pessoas que normalmente vive com as crianças e está relacionada com sua educação; as pessoas que se preocupam pelo seu crescimento até a adolescência e que vivem sob o mesmo teto. O padrão que até hoje domina em nossa cultura é a Família Nuclear de dois pais, um ou mais filhos, com ou sem tias, tios, primos e avós.
A realidade da vida familiar, sempre foi muito mais complexa do que sugere o modelo apresentado. Algumas mudanças que complicam este retrato são a mobilidade geográfica, que reduziu o contato com a família, o maior numero de mulheres que necessitam trabalhar fora do lar, o aumento do índice de divórcios e novo casamento, e o numero reduzido de crianças. Mas, quase todas as crianças vivem com adultos que se preocupam por eles.
Apesar de que cada situação familiar é única, hoje em nosso país há um padrão comum dos problemas que enfrentam pais e adolescente: o abuso de drogas e suas conseqüências. Os adolescentes, rara vez se apresentam a seus pais ou a outro adulto, incluindo psicólogos ou psiquiatras, dizendo: "Tenho um problema com as drogas e necessito ajuda". (...)
A FAMILIA EM RELAÇÃO ÀS DROGAS
O estudo das famílias é de fundamental importância para compreender por que uma pessoa toma drogas e com que propósito. Em suma, sua razão de ser um adito. Todos os sintomas tanto primitivos como recentes, num consumidor de drogas, geralmente se desenvolvem a partir de transtorno oriundos das relações familiares do individuo.
Nosso ponto de vista central é que a personalidade aditiva emerge dentro de um contexto familiar e social, caracterizado pelos modelos de interação orientados por uma ideologia que o Dr. E. Kalina denomina: " a existência tóxica".
Uma existência tóxica é uma vida contaminada, uma forma de viver que para sustentar-se necessita nutrir-se daquilo que a destrói. Dizemos que todo dependente de droga é um ser que de uma forma lenta ou rápida se autodestrói.
Portanto, podemos falar de uma configuração familiar pré-aditiva, sem que isso nos leve a desconhecer os elementos particulares de cada situação clínica, e de cada contexto socioeconômico, nem sua etiologia sócio-político.
Descobrir a adição do filho, certamente desata uma síndrome de alarme na família. A descoberta desencadeia certas mudanças no sistema com características próprias em cada grupo familiar. Há famílias que fecham filas em volta do adito; nas mais patológicas, geralmente o expulsam da casa. Animo-me a dizer que essa ultima é a modalidade que muitos preferem, tanto por famílias como por escolas, e a sociedade em geral.
O ponto de vista da família como instituição, nos mostra, à luz das estatísticas, que quando ela está unida, organizada e comunicada com papeis bem definidos, é uma fonte de proteção dos filhos para evitar condutas distorcidas.
Por isso – desde a prevenção – é que se tenta trabalhar no fortalecimento da família (...).
Também é certo que, ainda que nos propomos a fortalecer os vínculos que devem existir entre os membros de uma família, temos que destacar o fato de que na atualidade, em nosso país, encontramos a uma grande maioria de jovens com famílias desestruturadas ou diretamente abandonadas.
Ao descobrir a adição do seu filho adolescente, é comum que os pais, depois de alguma tentativa frustrada para que o mesmo deixe as drogas, se aproximam para consultar a um médico ou a um centro de atenção de adições para que " cure o seu filho ", e o "tire das drogas".
Dizem, que querem que seu filho se cure, porém isso é uma verdade parcial; porque simplesmente o que desejam é que seu filho deixe de usar drogas, porém não pensam em revisar toda a cultura enferma que há por trás da conduta aditiva e que envolve a toda família.
A teoria psicosocial e as psicoterapias modernas sustentam que para curar um problema, primeiro deve ser tratada a causa, muito mais que os sintomas. Ainda que no caso do uso de drogas os dois sejam tratados simultaneamente, a causa, continua sendo o ponto principal do tratamento.
O tratamento de adolescentes e jovens com problemas de dependência de drogas, não terá soluções reais se no processo não for incluído os pais e irmãos, e em outros casos a parentes e amigos que participam da vida grupal.
Podemos dizer que um dos aspectos positivos da prevenção é o fato de que você certamente já tenha começado esse processo. Como Pai, você passa mais tempo para escutar, mostrar interesse e estar perto de seus filhos. Quando você faz isso, você está ajudando a prevenir o problema das drogas antes que aconteça. Se você é jovem, quando você ajuda a seus amigos a superar-se nos momentos difíceis através de bons conselhos e compreensão, o estar ajudando a evadir as drogas. Se você trabalha com adolescentes, quando lhes provê atividades esportivas, enriquecedoras, sadias, você está prevenindo o abuso das drogas.
A Prevenção está ao alcance de todos. Juntemos nossas forças e:
"VAMOS PREVENIR.
Adaylton de Almeida Conceição
No mundo do uso e abuso das drogas, as palavras chaves são "mudanças dramáticas", quando alguém olha o padrão dos últimos anos. Antes, os padrões eram relativamente constantes e previsíveis. As drogas "ilegais" se limitavam a determinadas minorias raciais, étnicas e filosóficas. Com freqüência, estas estavam submersas dentro dos guetos urbanos. A maioria da classe media se confinava a drogas tradicionais alteradoras da disposição ou psicotrópicas, tais como cigarros, álcool e certos fármacos receitados. Entretanto, os padrões contemporâneos do abuso de drogas mudaram tão dramaticamente e se estenderam tanto que, na atualidade, o único que podemos prognosticar com segurança referente à cena dos fármacos é que continuará mudando para pior.
A perspectiva da sociedade concernente ao abuso das drogas também deve mudar. Já não é aceitável catalogar as substancias suavemente psicoativas tais como o álcool e a nicotina como "não drogas"., e insistir que o abuso de drogas acontece unicamente na cultura juvenil. O usuário individual das drogas passou a ser visto por muita gente através de uma mistura de educação deficiente e confiança puritana sempre presente na justiça, a ordem e o castigo para regular a moral, como um criminoso e não como um paciente. Esta atitude afasta cada vez mais os jovens que ingressam na cultura das drogas.
No mundo das drogas, apesar da grande variedade, poucos usuários utilizam todas e inclusive aqueles que as provam, com o tempo a tendência é a de especializar-se em uma ou duas classes de drogas. Por que? A resposta mais simples é: "ninguém sabe". A mais complexa é que a disponibilidade, o apoio social (ou a falta dele) e os complicados processos biológicos e psicológicos influenciam na " seleção da droga".
Existe três termos que freqüentemente são utilizados e que devemos definir. A "dependência", que se refere às complexas adaptações biológicas ao uso prolongado das drogas, que se manifestam como a ansiedade do usuário por continuar usando-a. Também descreve a conduta de consumir continuamente a droga. Finalmente, a dependência implica na dor da abstinência que o usuário experimenta quando tenta deixar de usá-la.
O termo dependência tem substituído ao de adição que, geralmente, se aplicava unicamente à dependência de drogas opiáceas como a heroína. Assim sendo, um usuário regular de maconha que tem dificuldade para deixar o seu uso, é dependente da droga. Quando tenta fazê-lo, sente uma necessidade maior de usá-la. Se não o faz, se sente mal, agressivo, com insônia (sintomas de abstinência).
Os sintomas precisos de abstinência diferem com o tipo de drogas; enquanto que os sintomas são influenciados pela dose de droga utilizada, a freqüência e duração de tal uso, e pelas características individuais do usuário, o padrão geral de tais sintomas é comum a todas as drogas de nossa classificação.
"Tolerância" a uma droga significa que quanto mais quantidade se tome, menos efeitos se logram a cada dose. Isso porque com o tempo o corpo se adapta à presença da droga, o usuário de grandes doses deve tomar mais e mais para lograr o efeito desejado. Isto se vê claramente com o álcool, onde o usuário habitual sente um efeito muito leve ou quase nenhum com uma cerveja, porém o usuário primário obterá um efeito relativamente forte ao beber a mesma quantidade.
Estas três palavras, dependência, abstinência e tolerância, são importantes para entender a experiência das drogas.
A razão pela qual os usuários de drogas se tornam dependentes de uma droga em particular é uma pergunta interessante e que ainda não tem resposta. Em nossa experiência, responder a esta pergunta não ajudará ao usuário, nem aos preocupados membros de sua família ou a seus terapeutas.
As pesquisas feitas em nosso país para conhecer os hábitos da população juvenis com relação às drogas, indicam que um numero considerável de adolescentes e jovens tem tido contato com drogas. Os usuários nesta faixa se relacionam com consumos ocasionais, associados a contextos lúdicos, concentrados no fim de semana, realizados em grupos e em lugares públicos, notamos que cada vez mais, com maior intensidade, aparecem vários problemas pessoais, familiares e sociais vinculados a este tipo de pratica.
A associação entre drogas e diversão, que progressivamente tem si afirmado entre vários seguimentos juvenis, tem levado a que o uso de certas drogas (principalmente o álcool) se tenha convertido numa referencia obrigatória da cultura juvenil, num componente essencial de seu ócio ou tempo livre. O consumo de álcool e outras drogas têm se configurado como uma atividade fundamental no ócio de nossos jovens, particularmente nos fins de semana. Assim que, o consumo de drogas "recreativas" passou a converter-se num elemento chave da diversão junto com a música, a festa e a companhia de outros jovens. Assim que, o consumo de drogas com fins recreativos está se convertendo num ato cotidiano, aceito socialmente, e considerado como mais uma atividade de ócio (processo de normalização social do uso de drogas com fins recreativos).
PREVENÇÃO E O TEMPO LIVRE (O ÓCIO)
Uma das conseqüências mais importantes que a chamada "sociedade de bem estar" trouxe consigo é que, geralmente, as pessoas dispomos de mais temp para o ócio, e junto com ele ( ou em outras palavras, por isso), o ócio tem se convertido num mercado muito fértil para muitas empresas e organizações, que encontraram nele um autentico filão onde pode conseguir grandes benefícios econômicos.
Por outro lado, vivemos numa sociedade que estabelece uma diferenciação drástica entre o tempo de ócio e o tempo de "negócio", ou seja, entre as obrigações do trabalho ou os estudos, e o "tempo livre". Muitos adolescentes passam a semana na escola esperando ansiosamente a chegada do fim de semana para poder "ficar livres" e "soltar-se ", da mesma maneira que muitos adultos saem compulsivamente nos fins de semana, em alguns casos produzindo tremendos engarrafamentos em nossas estradas metropolitanas, abrindo caminho às buzinadas para aproveitar até o último minuto de seus dias livres. O ócio tem se convertido num espaço tremendamente consumista e passivo.
Muitos educadores sabem que este tempo brinda grandes possibilidades para a educação e a formação.
Entre os valores e recursos a serem desenvolvidos na tarefa de educar no tempo livre, se incluem muitos aspectos relacionados com a prevenção. São muitos os objetivos da prevenção que podem trabalhar-se desde o jogo ou o esporte.
O conhecimento dos critérios que hoje se manejam no âmbito da prevenção pode nos ajudar a programar atividades com sentido, orientadas ao desenvolvimento dos jovens e adolescentes.
A prevenção em Patologia social é um processo ativo de implementação de ações e programas tendentes a modificar e melhorar a formação integral e a qualidade de vida das pessoas numa Ação Antecipatória para evitar riscos e/ou reduzir a freqüência das "enfermidades sociais" (alcoolismo-violencia-uso de drogas- AIDS -etc).
O fenômeno destas situações é de etiologia multifatorial onde as variantes pessoais (biologia e psicologia) dos sujeitos interagem com as características da sociedade que habitam (social-culturais).
As estratégias, os métodos e os meios de um Programa de Prevenção devem adaptar-se a cada região, a cada escola, a cada grau, a cada curso, a cada bairro.
Para a orientação, planificação e organização de projetos o trabalho deve começar a partir de uma primeira rede de apoio político-diretivo fomentando a capacitação de agentes preventivos, encarregados de orientar e dar dinamismo às intervenções e ações programadas para desenvolver um processo permanente de PREVENÇÃO EDUCATIVA COMUNITARIA.
Níveis de Prevenção
Por um lado, é encaminhada para diminuir ao máximo a possibilidade de que os jovens consumam drogas, e por outro lado, a lograr a máxima integração ecológica em seus ambientes.
Assim que, se propõe uma estratégia de intervenção dupla:
Há dois pontos a destacar:
Nestes dois níveis a tarefa de prevenção é de promoção e proteção da saúde, onde a ação informativa e educativa é prioritária.
Há dois tipos de enfoques:
1. Um, é o tratamento atual de pessoas que abusam de álcool e drogas.
2. O outro pode ser qualificado de reabilitação preventiva. Esta provê serviços de apoio a alcoólatras e dependentes de drogas em recuperação para prevenir que voltem a seu estilo de vida disfuncional.
Os programas de prevenção serão de âmbito local e seu funcionamento deverá ir acompanhado no conjunto de obrigações e princípios dos Serviços Sociais. É um trabalho interdisciplinar.
Assim que, vemos que a Prevenção é um processo sistemático e continuo (e não ações pontuais) que se utiliza para administrar problemas em níveis diferentes com o objetivo de influenciar positivamente nos comportamentos da população e que levará a cabo por meio de programas de prevenção primaria e de âmbito local.
Não se trata de uma transmissão vertical de conhecimentos, atitudes e valores, mas de uma produção que em elaborações sucessivas se assume como projeto próprio do grupo. Os objetivos da Prevenção desde esta ótica se centraliza, em gerar protagonismo permanente por parte de todos os participantes sociais, buscando favorecer atitudes comprometidas para a resolução do complexo fenômeno.
Privilegia-se o formativo sobre o informativo. Promove-se a ação reflexiva.
Estas reflexões sobre as varias tendências nas modalidades preventivas nos permitem introduzir os conceitos de Prevenção especifica e não específica; entendemos a primeira como aquelas intervenções centralizadas diretamente no tema "adições" (Prevenção Educativa), enquanto que a segunda aponta ao desenvolvimento de atitudes e melhoria global das condições da vida (Educação para a Saúde).
Nos últimos anos se tem concedido um espaço privilegiado à educação em toda ação preventiva sem esquecermos que se complementa com medidas imprescindíveis de prevenção não educacionais: policiais, legais, penais, sanitárias e medidas de caráter econômico – político relacionadas com os fatores sociais que favorecem as condutas destorcidas.
Referir-se ao educativo como campo prioritário da prevenção implica ressaltar um amplo espaço de atuação, visto que, a Educação é um processo continuo que acompanha o homem em todos seus tempos (nas diferentes fases evolutivas), se dá através de diferentes meios (linguagens verbais-paraverbais-visuais) e em diferentes âmbitos (recrativos-religiosos-educativos-etc).
O PAPEL DO PROFISSIONAL NA PREVENÇÃO
Vemos que o profissional da prevenção vai desenvolver seu trabalho de uma forma mui peculiar. Sua função normalmente não consistirá em apresentar um programa previamente elaborado à comunidade, por mais que durante sua preparação tenha considerado as particularidades da comunidade a que se dirige. O ideal será que espere que a demanda surja por parte da comunidade ou de algum grupo que a integre. Escutar atentamente e trabalhar tal demanda é o papel que se espera do profissional, muito mais que responder automaticamente com uma programação.
Muito mais que um trabalho na primeira linha, a prevenção pode ser visto como uma tarefa de apoio a outros profissionais, grupos, associações, dos âmbitos mais variados, para ajudar-lhes a reformular suas condições de trabalho no sentido preventivo, e facilitar-lhes quando seja necessário, a elaboração do material ou dos instrumentos necessários, para seguir diante em sua linha de trabalho. É necessário que existam especialistas em prevenção, porém seu papel não dever ser entendido como o de profissionais que impõem seu saber a outros profissionais ou à sociedade. Trata-se de um papel complexo, pelo que escutam as demandas que formulam em matéria preventiva, sem que isso signifique que as aceitem sem ponderar ou analisá-las.
De certa forma, nosso trabalho consiste em "nos compenetremos num trabalho de restituição de conhecimentos aos integrantes do campo social, restituição que nos deve levar a uma posição não de especialistas, mas a de companheiros de outros agentes na busca de novas ações preventivas que estão ancoradas na realidade local (Caupert y Sarton). Isto não anula nosso saber, (nem que não tenhamos um saber) permite que os demais membros da comunidade se convertam em membros ativos.
O profissional deve existir para garantir que o processo seja possível, uma reflexão, uns encontros, e, em grau menor, para proporcionar conhecimentos técnicos e experiências em tarefas preventivas. Este processo levará à comunidade a gerar seus meios, a conhecer suas limitações e a encarar um processo que deverá exercer influência sobre os fatores de risco.
A responsabilidade da prevenção não é apenas dos profissionais, mas da própria comunidade, que decide seguir – ou não seguir – adiante de uma ou outra forma. A prevenção é, necessariamente, um trabalho de médio e longo prazo. Obviamente existem aspectos parciais que poderão ser alcançados com mais facilidade, porém a idéia a transmitir é que nos encontramos diante de um trabalho de longo prazo.
Por PREVENÇÃO EM EDUCAÇÃO entendo que é um processo cujo objetivo é facilitar modificações de conduta para uma melhor qualidade de vida englobando as atividades de PENSAR, SENTIR e ATUAR PARA FORMAR CIDADÃOS CAPAZES de modelar UMA sociedade melhor. Este fim em longo prazo começa na família, apoiando-se numa paternidade responsável que se levanta no primeiro modelo de aprendizagem social dos filhos.
A Prevenção Educativa pode realizar-se dentro do sistema formal escolar (currículo, aula, etc,) e também nos contextos não formais: família, bairro e através dos meios de comunicação. Durante todo seu desenvolvimento um individuo pode "educar-se" em prevenção.
Ao processo educativo formal e suas instituições (escolas) se soma a intervenção preventiva em outros contextos. Quando se realiza no inicio, consegue-se otimizar as "defesas psicológicas" das pessoas, fomentando e consolidando a aquisição de hábitos, atitudes, valores e habilidades orientadas para uma melhor qualidade de vida e desenvolvendo aptidões e conhecimentos para um crescimento autônomo capaz de resistir as pressões grupais, as situações estressantes e conduzir-se da forma mais "sadia" possível concernente aos fatores de risco que expõem ao abuso de substancias tóxicas em crianças, jovens e posteriormente nos adultos.
A PREVENÇÃO DA DEMANDA é uma alternativa prioritária que pode melhorar o problema das dependências de drogas.
A PREVENÇÃO EDUCATIVA é a estratégia fundamental para os programas de ação.
A PREVENÇÃO DA OFERTA e suas conseqüências. Suas variações devem acompanhar, potencializar e recriar estratégias próprias e eficazes para complementar a ação educativa.
Definição:
"Qualquer combinação de atividades de informação e educação que leva a uma situação que as pessoas desejem estar sã, saibam como lograr a saúde e procurem ajuda quando a necessitem".
(36º Assembléia Mundial da Saúde – 1983).
Tem como objetivo favorecer e potencializar desde os âmbitos escolares, comunitários e familiares o desenvolvimento da uma qualidade de vida que garanta um equilíbrio físico-psiquico-sociocultural das pessoas através de sua intervenção autônoma, responsável e solidária, tanto consigo mesmo como com os demais.
Seu objetivo é promover condutas, atitudes e valores que provoquem mudanças ou contribuam à construção de estilos de vida positivos a partir do conhecimento, capacitação e reflexão.
A Educação Para a Saúde tem que ver com muitos dos fatores associados ao uso de drogas que são comuns a outros problemas de saúde e também considera características especificas dos problemas, transformando-se em Estratégia fundamental de Prevenção.
Características:
É importante despertar nas pessoas o desejo de participação. Um alto nível de compromisso ativo pode provocar nos membros da comunidade uma motivação ativa, uma percepção de controle ambiental, e a conseqüente satisfação pessoal, alem de realizar uma experiência de aprendizagem e de diversão.
Haverá alguns objetivos de intervenção que envolve de forma ativa a toda a comunidade e outros (Saúde Publica) que apesar de ser motorizado por uma parte da comunidade, são efetivos em mudar normas de condutas de uma proporção significativa da população.
A participação da comunidade pode dar-se de varias maneiras:
- COGNITIVAS: Propõe programas centralizados na informação concernente aos efeitos e riscos do abuso de álcool e drogas.
Este sistema tem mostrado suas limitações visto que tem sido mais usado nas campanhas e planos preventivos e nas avaliações, onde há uma relativa modificação ou possibilidade de mudança de conduta e atitudes apesar de um conhecimento maior sobre as drogas. Em outras oportunidades, a sobre-informação pode ter efeitos antipreventivos.
Apesar disso, pensamos que todo Projeto tem que apresentar uma Área de Informação básica sobre a problemática que permita um impacto (sensibilização) e a possibilidade de reflexão e mudança (efeito positivo da prevenção).
Os conhecimentos sobre drogas e álcool (exposição objetiva) são só uma parte do processo de tomada de decisões e se for utilizado em forma isolada não parece incidir favoravelmente na diminuição do consumo.
A avaliação de programas centralizados na "entrega de conhecimentos" demonstra eu tem uma influência muito limitada na modificação de condutas. No que concerne às patologias psicosociais (droga – álcool – AIDS – violência).
- AFETIVAS: Estão destinadas ao desenvolvimento e crescimento pessoal e estão dirigidos a desenvolver a autoestima dos participantes, a explorar e expressar sentimentos e a definir valores.
Fundamentam-se nos princípios de que a carência afetiva, a baixo autoestima e o escasso desenvolvimento pessoal estão operando como fatores de risco associados ao consumo de drogas e álcool.
- APRENDIZAGEM SOCIAL: Baseiam-se em eu as pessoas tem a tendência de limitar o comportamento de outros pares (desenvolvimento social ou influência social). Trabalha sobre o desenvolvimento de habilidades sociais e interpessoais, enriquecem o processo de analises de problemas, afrontamento de riscos e tomada de decisões, reforçando a capacidade para resistir às pressões, resolver problemas e pedir ajuda. Considera o grupo como AGENTE SOCIALIZADOR e se orienta a apoiar um desenvolvimento social integrado e positivo.
Capacitam-se lideres naturais como multiplicadores tendo sido demonstrado grande eficácia quando se logra "inserir" nas redes comunitárias o tema da Prevenção.
- CONSTRUTIVAS: Desenvolve-se em programas cujos objetivos são o apoio do desenvolvimento juvenil ou populacional através de Promoção da Saúde e Estilos de Vida Saudáveis. Apontam ao estabelecimento de medidas protetoras em saúde.
Em grupos de alto risco (marginalização, desocupados) se enfatizam desenvolvimento de competências básicas.
Utiliza a educação como técnica de prevenção no sentido de desenvolver ou fortalecer a capacidade de autodefesas psicológicas dos indivíduos e grupos diante do risco das enfermidades psicosociais.
É a série de métodos, meios e técnicas dirigidas a obter a amplia e ativa participação dos membros da comunidade para atuar em beneficio de sua própria saúde, da sua família e a comunidade, envolvendo-se desde a detenção de seus problemas (diagnóstico) e seleção de suas prioridades, até a execução e avaliação das atividades e programas que conduzem a um grau mais alto de saúde e de prevenção.
PARCIPAÇÃO ESCOLAR E A EDUCAÇÃO PREVENTIVA
A instituição escolar inicialmente é o cenário privilegiado para o desenvolvimento dos Programas de Prevenção das Enfermidades Psicosociais visto que permite um tempo prolongado de ação (população "cativa") e oferece uma estrutura funcional que facilita o desenvolvimento continuo de programas, inclui os diversos níveis (crianças-pais-docentes-auxiliares-vizinhos) e dispõe do ecossistema adequada sendo a principal fonte de socialização da criança.
Os programas não devem enfatizar apenas a redução dos fatores de risco destas problemáticas atuais, mas enfatizar comportamentos que incrementem o potencial de saúde (melhor qualidade de vida) das pessoas fomentando o bom desenvolvimento, as competências e as habilidades pessoais.
É a BASE DO ÊXITO DA PREVENÇÃO. Quando a comunidade se responsabiliza e se compromete na participação e socialização do conhecimento científico, pode chegar a mudar os comportamentos e os hábitos para melhorar as condições de saúde e estabelecer redes de apoio sociais efetivas.
É imprescindível para que a intervenção comunitária seja eficaz. Uma política global de prevenção que integre todas as iniciativas, tanto públicas como privadas através da educação contínua e a consciência da população sobre a necessidade de compartilhar a responsabilidade social diante das causas que prejudicam o bem estar individual e coletivo.
A educação tem que ver com o crescer. A solidez de uma estrutura de personalidade se articula com certos nutriente: afetos, ética, informação, socialização e orientação. Este marco afetivo-ético-informativo e socializador o denomina como sujeito, mais além do nome próprio que cada um de nós temos. Ao nomeá-lo o inclui numa rede de relações simbólicas que o diferenciam como pessoa.
Este processo é uma orientação, uma senda, um caminho .A vida é um caminho peregrinante. Quando tudo isto falha, o peregrinar desde uma senda se transforma num perambular sem rumo fixo. O homem e a criança vagabundeiam.
A criança da rua mostra, precisamente, esta realidade; não é que seu problema esteja exatamente na rua . O rumo da criança tem na educação inicial uma meta. Educação materna e paterna. A família é escola. Uma escola que o inclui numa historia e uma senda onde andar, balbuciar, orientar seus movimentos básicos. Nunca como nos dias de hoje diante do fenômeno da marginalização social e ética e o abandono afetivo de grandes núcleos de população infantil, se faz imprescindível lembrar a importância do espaço e o tempo familiar.
Este espaço-tempo familiar hoje nos chega alterado, distorcido por diferentes estruturas de dispersão.
A REDE é um conceito chave em qualquer programa moderno de prevenção e tratamento, pois permite a instrumentação orgânica dos recursos educativos, institucionais, de bairro, sanitários públicos e privados com a finalidade de proteger as populações não afetadas pelo consumo de drogas lícitas e ilícitas e ao mesmo tempo reduzir o consumo nas populações afetadas e brindar-lhes uma ajuda terapêutica estruturado. A rede parte de um principio essencial: a complementação e organização dos recursos.
Em nosso país, a rede preventiva deve atuar em quatro níveis de inserção:
A educação preventiva no âmbito escolar privilegia ao docente
como agente preventivo multiplicador e à escola como um fator onde se deve ter a qualidade de sua vida institucional, bem como a de sua patologia que se manifestará em diferentes sintomas: falta de motivação docente, transtornos disciplinares, violência crescente, pouca participação docente-aluno, etc.
A educação preventiva deve partir de uma concepção onde a informação sobre o uso indevido de drogas se torna insuficiente e inclusive indutiva em certos alunos, caso não seja incluído em um programa global de desenvolvimento afetivo e familiar do educando dentro de um contexto sócio-cultural onde a procura da substancia ilícita encontre um sentido e uma compreensão para lograr uma mudança interior e de comportamento benéfico.
A educação preventiva deve distinguir entre grupos sociais de maior risco e grupos de menor risco. A finalidade do trabalho será diferenciar estas duas realidades para permitir uma abordagem melhor tendo em vista diferentes variantes e problemática.
A educação preventiva deve partir de certos fatos que são patentes e salta à luz:
Quando falham os recursos educativos familiares e institucionais, surge um adolescente pobremente estruturado em suas capacidades afetivas e como representante da realidade.
A droga se incorpora a esse mundo irreal, de desencontros e vazio.
Drogas estimulantes de um flash ou drogas narcóticas isolantes. Dá no mesmo. O paradigma é a fuga da realidade. Uma realidade para a qual o sujeito não esta preparado para assumir não tem nem o recursos nem suporte suficiente para sustentar-se nela.
A educação preventiva deve passar por diferentes setores:
O agente preventivo necessita capacitação no campo que produz a informação e a sua própria identidade afetiva para conter e orientar um processo educativo.
A informação deve centrar-se em módulos de ação específica com o nível de maior profundeza em cada um deles.
O primeiro módulo capacita ao docente em quatro tópicos fundamentais:
O segundo módulo deve incorporar aspectos formativos mais específicos
sobre o primeiro módulo e capacita ao docente para a criação dos Centros Preventivos Escolares e sua participação efetiva no mesmo.
O jovem ou criança em crescimento deve ser sustentado por um projeto adulto (pais, escola, sociedade em geral) onde a utopia se conjugue com a ética do viver. Esta utopia ética deve partir de um reconhecimento (um duplo conhecimento) da criança que cresce. Duplo conhecimento de suas demandas, sua necessidade de ser contido, orientado e limitado, em resumo, reconhecimento da criança como pessoa, ou seja, como sujeito, não anônimo nem inexistente.
Portanto, um projeto preventivo supera o marco da pura informação sobre os efeitos do uso indevido de drogas.
A família da criança, a estrutura curricular do ensino e a estrutura institucional escolar jogam um papel onde a capacidade de holding da escola e dos pais se converte no principal elemento preventivo.
O projeto preventivo implica, numa transformação da família e da escola como instituição (melhoria da qualidade de vida institucional).
Sobre este aspecto, a escola e a política escolar devem promover ações de cuidado e apoio a aqueles educandos com problemas de atraso na aprendizagem, transtorno de conduta, carências na vida familiar, déficit ambientais sociais e econômicos. Esta população é, por si mesmo, uma população de risco para o consumo de drogas.
Na REDE REVENTIVA a vida municipal ocupa um lugar
preponderante. É a célula política de contenção primaria onde os vários representantes da comunidade (docente, pais, políticos, religiosos, jovens) se unem dentro do município com o fim de organizar ações preventivas.
Isto levará a ações que por um lado promo
MISSIONÁRIO HELBERT IMBUZEIRO COM DEUS RESGATANDO VIDAS.
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